14 agosto, 2005

Do Poemário

Olhar
Olhei quase sempre para o chão.
E aquela estrada que parava no sul, descia de
repente e caía aos nossos pés.
Recolhia-a,
ano após ano,
e com o resto da sua luz quis iluminar o
teu caminho.
Mas tu não viste as suas lágrimas que eram
as minhas,
apagando a última luz, sobre o chão.
José Agostinho Baptista (1948)
Biografia

Sem comentários: