07 fevereiro, 2005

Leitura de cabeceira

Esta é a história de uma Condessa que se banhava no sangue de jovens raparigas. Um história verdadeira, ainda inédita no nosso país. Os documentos que a provam foram muito difíceis de obter, pois tudo aconteceu há mais de trezentos anos numa Hungria em estado ainda muito primitivo. Os elementos mais relevantes do processo foram passando ao longo do tempo por vários Arquivos. Mas, em 1956, que terá acontecido aos Arquivos da Hungria que se encontravam no castelo de Budapeste? Nos tempos actuais não é possível ver o retrato, escurecido pela passagem dos séculos, que eternizou o olhar severo da muito bela Erzsébet Báthory. O castelo de Csejthe está em ruína desde há duzentos anos, lá no alto dos esporões espetados dos Pequenos Cárpatos, perto da Eslováquia. Quanto a vampiros e fantasmas, esses, nunca deixaram de habitá-lo, bem como certo pote de barro, a um canto numa das caves, usado para verter o sangue sobre os ombros da Condessa.
Erzsébet Báthory : A Condessa Sanguinária, de Valentine Penrose

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