Eu não acredito que alguém aborte de ânimo leve. E se abortar, talvez seja mesmo melhor que essa criança não venha ao mundo.
Sim, porque fala-se muito nos direitos das mulheres, e do "corpo é meu" e blá, blá, blá...Mas não é só isso que está em causa quando se fala na despenalização do aborto.
Nunca se fala é dos direitos das crianças que vão nascer e que irão ter uma vida complicada se não forem desejadas, se não forem amadas, se não lhes derem o direito à felicidade. E por isso, os pró-vida não devem insistir em que defendem a vida porque não é verdade. Defendem sim uma série de dogmas que levam a um sentimento de superioridade, de estar do lado do Bem, como se pudesse haver uma divisão tão linear. Sim, porque todos têm muita pena das pobres criancinhas, mas não se preocupam com a vida miserável, vazia de afecto, que muitas delas vão ter.
Quantas e quantas crianças são abandonadas todos os anos nos nossos hospitais? Quantas vão para instituições onde são maltratadas, onde não lhes dão afecto e onde esperam por uma adopção que nunca chega? Quantas vivem em casa dos pais, mas em que estes é como se não existissem? Quantas têm todos os cuidados funcionais, "cama e roupa lavada" mas um enorme vazio afectivo porque não há tempo, paciência e porque se têm filhos só porque tem que ser? Para muitas delas, mais valia nunca terem existido, porque a sua existência é a miséria humana no seu esplendor.
Defender a vida é defender o direito das crianças a terem o amor, o carinho, a atenção de alguém. É nas primeiras relações com o outro que se forma o cerne da personalidade de um ser humano. Se o outro não existir, isso não é vida, é apenas uma tristeza e um vazio imensos.
Como alguém que trabalha estas questões, sei minimamente do que falo e é por isso que defendo a despenalização. Para que se acabe com a hipocrisia! Para que tantas e tantas crianças não tenham que procurar nos Psicólogos, Pedopsiquiatras, Educadores, os pais que não têm!
Sim, porque fala-se muito nos direitos das mulheres, e do "corpo é meu" e blá, blá, blá...Mas não é só isso que está em causa quando se fala na despenalização do aborto.
Nunca se fala é dos direitos das crianças que vão nascer e que irão ter uma vida complicada se não forem desejadas, se não forem amadas, se não lhes derem o direito à felicidade. E por isso, os pró-vida não devem insistir em que defendem a vida porque não é verdade. Defendem sim uma série de dogmas que levam a um sentimento de superioridade, de estar do lado do Bem, como se pudesse haver uma divisão tão linear. Sim, porque todos têm muita pena das pobres criancinhas, mas não se preocupam com a vida miserável, vazia de afecto, que muitas delas vão ter.
Quantas e quantas crianças são abandonadas todos os anos nos nossos hospitais? Quantas vão para instituições onde são maltratadas, onde não lhes dão afecto e onde esperam por uma adopção que nunca chega? Quantas vivem em casa dos pais, mas em que estes é como se não existissem? Quantas têm todos os cuidados funcionais, "cama e roupa lavada" mas um enorme vazio afectivo porque não há tempo, paciência e porque se têm filhos só porque tem que ser? Para muitas delas, mais valia nunca terem existido, porque a sua existência é a miséria humana no seu esplendor.
Defender a vida é defender o direito das crianças a terem o amor, o carinho, a atenção de alguém. É nas primeiras relações com o outro que se forma o cerne da personalidade de um ser humano. Se o outro não existir, isso não é vida, é apenas uma tristeza e um vazio imensos.
Como alguém que trabalha estas questões, sei minimamente do que falo e é por isso que defendo a despenalização. Para que se acabe com a hipocrisia! Para que tantas e tantas crianças não tenham que procurar nos Psicólogos, Pedopsiquiatras, Educadores, os pais que não têm!
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