Escrever ou não escrever, eis a questão. Ter um blog é quase catártico, permite-nos vazar as entranhas, dizer de nós e dos outros, falar bem, falar mal, deixando-nos com a sensação de que temos algo para dizer, e que alguém, longe ou perto, nos escuta (mesmo que o faça só pelo prazer voyeurista de saber dos outros). São uma forma de registo, de memória, têm um fim em si mesmos. Ter um blog é uma forma de estar permanentemente em contacto com o outro, de poder dizer do que se gosta e do que não se gosta. É um espelho da alma. Os blogs são os novos olhos. São uma maneira de nos revermos nos outros, de partilhar opiniões, gostos, ou de discordar. São o expoente máximo da liberdade de expressão. Da liberdade. É também um expor do que somos, pois tudo o que escrevemos, mesmo que seja mentira, é uma projecção, uma forma de nos revelarmos. Não há escrita que não seja autobiográfica. E, assim como assim, revelo-me. Não tenho nada a esconder.
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